sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Eleição Incondicional - Paulo Anglada


Ensino bíblico sobre eleição

A doutrina reformada da eleição incondicional é clara e abundantemente ensinada nas Escrituras. Apenas uma má interpretação bíblica, decorrente de considerar-se a obra da redenção por um prisma humanista - um ponto de vista completamente inadequado para a compreensão das obras de Deus - pode negar uma verdade tão explicitamente revelada na Bíblia.

Podemos começar com Efésios 1:45. Bendizendo a Deus pelas bençãos espirituais que ele dispensa sobre a igreja, Paulo começa a sua carta afirmando que Deus:
Nos escolheu nele [em Cristo] antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito da sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado.
Escrevendo aos Tessalonicenses, o apóstolo agradece a Deus pela eleição dos irmãos, como segue:
Devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade (2 Ts 2:13)
De fato, os termos eleitos e escolhidos são empregados com tanta frequência com referência aos crentes em Cristo, que podem ser considerados termos técnicos para a designação do povo de Deus. Nos evangelhos, assim como praticamente em todas as epístolas, os membros da igreja de Cristo são chamados de escolhidos ou eleitos.

Falando da grande tribulação, Jesus disse "Não tivesse Senhor abreviado aqueles dias, e ninguém se salvaria; mas por causa dos eleitos que ele escolheu, abreviou tais dias" (Mc 13:20). Logo a seguir, Jesus adverte: "surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos" (Mc 13:22)

Em Romanos, Paulo indaga "quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? (8:33). Escrevendo aos Colossenses, exorta-os dizendo: "revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia" (3:12). A Timóteo, Paulo diz: "tudo suporto por causa dos eleitos" (2 Tm 2:10). Pedro, por sua vez, dirige-se à igreja da dispersão, como segue: "Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão..." (1Pe 1:1). O mesmo acontece com João: "o presbítero à senhora eleita e aos seus filhos... Os filhos da tua irmã eleita te saúdam" (2 Jo 1,13).
Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho (Rm 8:28,29).
Essas passagens bíblicas nos parecem suficientes para fundamentar biblicamente a antiga doutrina de que Deus escolheu antes da fundação do mundo, pelo livro conselho da sua vontade, os que haveriam de ser salvos. Contudo o testemunho bíblico em favor da doutrina da eleição incondicional é ainda mais específico. 



Texto extraído do livro Calvinismo - As Antigas Doutrinas da Graça, de Paulo Anglada.
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Permissões: a postagem de trechos deste livro foi realizada com permissão da Knox Publicações. Se você deseja mais informações sobre permissões contate-os.
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